Se a impermanência é uma verdade, o Nibbana e o Dhamma também seriam impermanentes? Bhante Sujato responde essa questão.
Categoria: Buda Gotama
COMEÇOS E FINAIS: o mito budista da ascensão e desaparecimento do mundo
É comum no Ocidente ouvirmos que o budismo não fala sobre o início ou o fim do mundo. É verdade que as antigas escrituras budistas não dão destaque para o tema, mas há dois suttas em especial que formam uma espécie de "cosmologia" e "escatologia" budistas: o sutta Agañña e o sutta Cakkavatti, respectivamente. Muito mais do que meras previsões sobre o futuro ou explicações sobre as origens do universo, esses textos apresentam uma riqueza de detalhes e informações sobre o budismo que podem passar despercebidas ao leitor desatento. Neles, Buda fala sobre questões sociais e políticas, defende propriedades coletivas, justiça social, políticas públicas para os pobres, participação política das massas, dentre outras coisas. Isso se dá porque o Buda privilegia uma teoria do contrato social em detrimento do conceito de direito divino que era comum na Índia de sua época. Buda utiliza essas imagens cósmicas e apocalípticas como uma analogia para o desenvolvimento histórico da humanidade e propõe o Buda-Dhamma como um sistema que pode impedir, retardar ou até mesmo reverter a degradação da humanidade. Nesse sentido, a Sangha é a expressão máxima da ideia do Buda sobre a convivência social harmoniosa. O papel do budismo, nesse sentido, é servir de contraponto ao contínuo ciclo cósmico de destruição e reaparecimento da Samsara.
O ensinamento do Buda e seus impactos econômicos
De Prof. Manik Lal Shrestha, Gorkhapatra, Nov 4, 2007 Kathmandu, Nepal -- Os ensinamentos e pensamentos do Buda são frequentemente descritos como pensamentos dialético-filosóficos, religião pacifista e ensinamentos estóicos. Fredreich Engels, co-autor de "O Manifesto Comunista", chamou o Buda "um dentre os primeiros dialéticos na história da humanidade". Todas as descrições são sobre os aspectos [...]
O mito do silêncio de Buda
De Bhante Dhammika O que é muitas vezes referido como o silêncio de Buda tornou-se algo quase proverbial e tem sido amplamente comentado por escritores populares e acadêmicos. Alguns afirmaram que o Buda permaneceu em silêncio quando lhe perguntaram sobre a realidade última porque ele queria evitar a especulação ociosa, porque ele era agnóstico ou [...]
A política dos genitais do Buda
Neste texto, Ajahn Sujato - um dos principais tradutores do Páli na modernidade - discorre sobre um tema largamente ignorado: a genitália do Buda. O Cânone antigo enfatiza que o Buda Gotama possuía 32 marcas especiais que o tornavam distinto. Uma delas é que ele não teria um pênis normal. Sujato acredita que o relato sobre as 32 marcas, como qualquer outro mito, possui um significado latente, e apresenta a tese de que essa informação sobre a genitália do Buda sugere a ideia de que quem atingiu o Despertar está além da binaridade de gênero.
Uma carta aberta a B. Alan Wallace
Resposta de Batchelor às criticas de Wallace, que o acusa de distorcer o budismo. Segundo o autor de "Confissões de um ateu budista", sua proposta é tão válida quanto outras formas de budismo.
Visões distorcidas do budismo: agnóstica e ateísta
O budismo é compatível com o ateísmo secularista? Segundo Stephen Batchelor, sim. Ele escreveu o livro Confissões de um ateu budista, que causou muita polêmica na comunidade budista. Neste texto, B. Alan Wallace critica a prática do budismo sem crenças religiosas, o que gerou uma resposta de Batchelor. O Blog Budismo & Sociedade traduziu a crítica de Wallace e a resposta de Batchelor.
O que o Buda pensava sobre as mulheres?
Em nenhum dos três ramos do budismo asiático as mulheres têm igualdade em relação aos homens. No Theravada, a ordem feminina de monjas ficou extinta até recentemente e não é plenamente reconhecida em alguns países. No budismo tibetano Vajrayana, a situação é parecida, com o Dalai Lama afirmando que a decisão de restabelecer a ordem feminina é da Sangha e não dele pessoalmente. Mesmo no mahayana do leste asiático, onde a ordem feminina sobreviveu, são geralmente os homens na liderança dos grandes templos e ou organizações. Neste belíssimo texto, Bhikkhu Cintita revisita a Vinaya para dizer o que o Buda pensava sobre as mulheres e a ordenação feminina.
Porque os budistas deveriam ser vegetarianos
Apesar de Buda ter comido carne, Ajahn Sujato pondera sobre as implicações de ser vegetariano tendo em vista o contexto do mundo moderno. Ele afirma que Sila (ética) vai além do Kamma (ação) e argumenta que a preocupação ética do budista, portanto, deve extrapolar a preocupação cármica.
Porque os budistas deveriam apoiar o casamento igualitário
Muitos budistas tem se posicionado sobre a homossexualidade e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas raramente se fala sobre o que o próprio Buda disse a respeito. Neste texto, Ajahn Sujato examina no Cânone Páli o que Buda Gotama falou sobre o tema tanto nos Suttas quanto na Vinaya.