Buda disse que nós somos o que pensamos? – o problema com as traduções de textos budistas

Não existe nenhum texto budista (com exceção talvez do Kalama Sutta) que seja tão deturpado e tenha sido tão vilipendiado pela auto ajuda ocidental quanto o Dhammapada. Em suma: os versos gêmeos NÃO dizem que a mente cria a vida ou que existe qualquer tipo de lei da atração.

De Tiago Ferreira

O Dhammapada é um dos mais populares textos do budismo. Apesar de fazer parte do Cânone Páli da escola Theravada, costuma ser reverenciado por quase todas as escolas budistas devido ao fato de resumir de maneira brilhante pontos centrais dos ensinamentos do Buda através de belos provérbios. Trechos famosos do Dhammapada são muito conhecidos por budistas e não budistas, como por exemplo: “Pois neste mundo a raiva nunca é apaziguada com outras ações enraivecidas, ela é apaziguada pela não-raiva, essa é uma lei imutável e atemporal” (Dhammapada 5). Outro verso antológico, o 183, costuma ser descrito como o resumo da doutrina budista: “Evitar todo mal, cultivar o bem e purificar a mente – esse é o ensinamento dos Budas.”

Entretanto, o Dhammapada acabou por se tornar vítima de sua própria popularidade. Sendo um texto de domínio público, qualquer pessoa pode traduzi-lo e comercializá-lo, o que tem ocorrido de fato. Há muitas versões do Dhammapada na língua portuguesa, dando ao leitor ampla possibilidade de escolha na hora de adquirir o texto. Mas quantidade não significa qualidade. Há pouquíssimas pessoas no Brasil que são conhecedoras da língua Páli, o que significa que praticamente todas as versões do Dhammapada que temos no país são traduções do inglês e não do original. Isso, por si só, não seria um problema tão grande. O inglês é a principal língua internacional e todo texto budista costuma ser traduzido primeiro para o inglês para depois ganhar versões em outros idiomas.

Entretanto, devido ao processo de absorção do budismo no ocidente incluir, muitas das vezes, uma via universalista, editoras estrangeiras descuidadas (ou em alguns casos inescrupulosas?) passaram a fazer “traduções livres” ou “adaptações” ao texto original, seguindo um processo de diluição dos ensinamentos budistas que já ocorre há séculos. Essas versões distorcidas acabam recebendo traduções para o português, mas elas não passam, na verdade, de projeções que os próprios ocidentais imputam aos textos budistas. O resultado desse processo é que o Dhammapada deixa de ser um texto que resume o caminho budista para se tornar um texto de auto-ajuda universalista. Ao invés de incomodar o leitor com ensinamentos profundos e desconcertantes, passa a ser mera confirmação dos próprios preconceitos e ideias pré-concebidas dos ocidentais a respeito do que eles acham ser o budismo. Neste texto, chamarei os ensinamentos contidos nessas traduções distorcidas de “Auto-ajuda budista”.

A auto-ajuda Budista é fortemente apoiada por uma ideia que está no seu centro: o que você pensa, acontece. É surpreendente que mesmo pessoas que já conheçam o budismo há algum tempo sejam atraídas por essa ideia e, pior, defendam que ela foi ensinada pelo Buda! De fato, essa teoria é bastante vaidosa, pois ela dá às simples pessoas um papel de deuses. A mente delas se torna a fonte de criação do universo! Não preciso dizer o porquê dessa ideia ser tão popular, afinal, ela engrandece o ego das pessoas. Entretanto, Buda ensina Anatta, ou seja, Não-Eu, uma estratégia budista que afirma que o caminho para o fim do sofrimento não passa pelo engrandecimento do ego ou da personalidade.

Se fôssemos olhar com cuidado cada uma das traduções do Dhammapada e analisar linha por linha, daria para escrever um livro sobre a montanha de equívocos que encontraríamos. Ao invés disso, vamos nos concentrar no excessivo papel que a Auto-ajuda budista dá à mente e ao pensamento. Uma vez que o dogma principal deste grupo é que o pensamento por si só pode concretizar coisas, a Auto-Ajuda budista ensina uma espécie de “Lei da Atração”, onde o segredo do sucesso seria “pensar em coisas boas, positivas”, o que resultaria na atração destas coisas para nossas vidas. Bastaria pensar numa coisa com afinco para que aquilo se tornasse concreto. Como consequência, o foco budista em eliminar Dukkha (sofrimento/insatisfação) perde espaço para a obtenção de ganhos mais imediatos.

Esses ensinamentos, como veremos, não foram ensinados pelo Buda. Mesmo assim, diversas traduções do Dhammapada disponíveis em inglês e português defendem-nos expressamente. Uma das mais mais conhecidas e populares versões em inglês do início dos Versos Gêmeos, O Dhammapada 1, é de Juan Mascaró. Assim ele traduz: “What we are today comes from our thoughts of yesterday, and our present thoughts build our life of tomorrow: Our life is the creation of our mind.” Em português isso seria como: “O que somos hoje vem de nossos pensamentos de ontem e nossos pensamentos atuais constroem nossa vida de amanhã: nossa vida é a criação de nossa mente.”

Mas o que diz o texto original em Páli? O início dos Versos Gêmeos, o Dhammapada 1, diz o seguinte:

Manopubbaṅgamā dhammā, manoseṭṭhā manomayā
Manasā ce paduṭṭhena, bhāsati vā karoti vā
Tato naṁ dukkhamanveti, cakkaṁ ’va vahato padaṁ.

“A vida é criação da nossa mente”? Não existe nada, absolutamente nada no texto em Páli que sequer sugira algo do tipo. O verso acima, o número 1 do Dhammapada, traduzido diretamente para o português diz mais ou menos o seguinte: “Todas as experiências (ou estados) mentais são precedidas pela mente, elas têm a mente como seu mestre, elas são produzidas pela mente.” Conseguem notar a diferença? A palavra Dhamma significa, neste contexto, “fenômenos mentais”, algo muito diferente de “vida”. Afirmar que o Buda, nesse texto, afirma que a vida é criação da mente é distorcer o que está sendo dito.

O termo “vida” é muito abrangente. Se formos levar a fundo a ideia de que a vida é criação da mente, logo chegaríamos à conclusão de que o mundo é mera projeção ilusória. Ou, talvez, que é nossa mente quem cria as bactérias, os peixes no fundo do mar ou até mesmo os extra-terrestres que possam vir a existir. Falando sobre o mesmo texto, Bodhipaksa afirma que “O Buda, ao que parece, nunca argumentou que o mundo fosse ilusório (māyā), mas simplesmente que nossa experiência dele é distorcida (vipallāsa)”. Sobre esse último ponto, Buda explica que há quatro maneiras pelas quais nós realizamos essa distorção:

“Bhikkhus, há essas quatro distorções da percepção, distorções da mente, distorções do entendimento. Quais quatro? ‘Permanente’ com relação ao que é impermanente é uma distorção da percepção, uma distorção da mente, uma distorção do entendimento. ‘Prazer’ com relação ao que é sofrimento … ‘Eu’ com relação ao que é não-eu … ‘Belo’ com relação ao que não é belo é uma distorção da percepção, uma distorção da mente, uma distorção do entendimento. Essas são as quatro distorções da percepção, distorções da mente, distorções do entendimento.

“Há essas quatro não distorções da percepção, não distorções da mente, não distorções do entendimento. Quais quatro? ‘Impermanente’ com relação ao que é impermanente é uma não distorção da percepção, uma não distorção da mente, uma não distorção do entendimento. ‘Sofrimento’ com relação ao que é sofrimento … ‘Não-eu’ com relação ao que é não-eu … ‘Não belo’ com relação ao que não é belo é uma não distorção da percepção, uma não distorção da mente, uma não distorção do entendimento. Essas são as quatro não distorções da percepção, não distorções da mente, não distorções do entendimento.”

Percebendo permanente no impermanente,
prazer no doloroso,
eu naquilo que é não-eu,
belo no feio,
os seres são destruídos pelo entendimento incorreto,
loucos, desvairados.
Atados pelo jugo de Mara,
da canga eles não têm descanso.
Os seres seguem perambulando,
conduzidos ao renascimento e morte.
Mas quando os Iluminados
surgem no mundo,
trazendo a luz para o mundo,
eles proclamam o Dhamma
que conduz ao fim do sofrimento.
Quando aqueles com sabedoria ouvem,
eles recuperam a razão,
vendo o impermanente como impermanente,
o sofrimento como sofrimento,
aquilo que é não-eu como não-eu,
o não belo como tal.
Assumindo o entendimento correto,
eles superam todo sofrimento.

(Aṅguttara Nikāya 4.49)

No sutta acima, de acordo com o portal Acesso ao Insight, Buda explica que

“As distorções operam em três níveis. Primeiro as distorções da percepção (sañña-vipallasa) fazem com que interpretemos mal a informação recebida através das portas dos sentidos. Por exemplo, podemos confundir uma corda no caminho como sendo uma cobra. Normalmente esses erros são corrigidos através de uma análise mais cuidadosa, mas algumas vezes esses erros sensoriais são ignorados e se mantêm.

Distorções da mente ou do pensamento (citta-vipallasa) têm a ver com a etapa seguinte no processo cognitivo quando pensamos ou ponderamos sobre todo o tipo de coisas. A mente tende a elaborar com base na percepção e se os pensamentos tiverem por base percepções distorcidas, então eles também serão distorcidos.

Em algum momento esses tipos de pensamentos se tornam habituais e evolvem para distorções de entendimento (ditthi-vipallasa). Podemos estar tão convencidos que existe uma cobra no caminho que não importa a quantidade de evidências em contrário, a nossa ideia não será modificada. Estamos aprisionados no entendimento incorreto”.

Buda ensina que, através de um ou mais desses três níveis, nossa percepção e compreensão do mundo são distorcidas em quatro situações: 1) quando achamos que algo que é impermanente é permanente; 2) quando achamos que algo que é doloroso é prazeroso; 3) quando vemos Eu naquilo que é Não-Eu; 4) quando atribuímos beleza ao feio. As três primeiras distorções estão ligadas às três marcas da existência: anicca (impermanência), dukkha (insatisfação/sofrimento), anatta (Não-Eu). Não reconhecer as três marcas da existência sem dúvida alguma distorce nossa compreensão da realidade. Portanto, um dos pilares do Nobre Caminho Óctuplo é o entendimento correto. Mas, em nenhum momento o Buda diz que nosso entendimento correto desses fatores funcionará como uma Lei da Atração, modificando a realidade e nos trazendo benefícios como se fôssemos um ímã.

Entretanto, os Versos Gêmeos do Dhammapada tem sido utilizados para aproximar o budismo de uma abordagem que coloca o Eu e suas realizações no centro das atenções. Em um vídeo do YouTube que tem milhares de visualizações, o início dos Versos Gêmeos foi traduzido dessa forma:

O que pensamos hoje

é o que seremos amanhã;

Nossa vida é uma criação de nossa mente.

O vídeo segue citando trechos de uma tradução bastante livre dos Versos Gêmeos, o que facilita interpretações distantes do que o Buda tinha em mente. Ao invés de ser um Caminho para o Despertar, o budismo, de acordo com tal interpretação, passa a ser uma ferramenta para você “atingir os seus sonhos”. Em determinado momento do vídeo, a palestrante fala que “a harmonia se alcança quando pensamos grande. Ao pensarmos pequeno, nos afogamos num copo d’água, porque simplesmente ficamos do tamanho dele”. Ou seja, o “budismo” proposto no vídeo é simplesmente “pensar grande”.

O erro aqui não é apenas dar à mente um poder quase miraculoso, mas também esquecer que o Dhamma não se limita a fatores mentais, mas inclui também atividades bastante práticas que vão muito além do pensamento. Como no livro de auto-ajuda O Segredo, a Auto-Ajuda Budista coloca o Eu no centro de tudo, pois basta uma mudança de pensamento do indivíduo para que toda a realidade se transforme. “Você é aquilo que você pensa. Nossa vida é o resultado de nosso pensamento”. Tais frases são hiper simplificações e verdadeiras distorções do que diz o Dhammapada. É verdade que o entendimento correto e o pensamento correto são importantes e partes do Caminho Óctuplo, mas não da maneira superficial como a auto ajuda budista ensina.

O Buda nos diz que o entendimento correto é, na verdade, compreender as Quatro Nobres Verdades, ou seja, que existe insatisfação e sofrimento; que eles são causados por nossos desejos; que é possível eliminar a insatisfação e o sofrimento se eliminarmos o desejo; e que o desejo é eliminado através do Caminho Óctuplo, um caminho ético que não inclui apenas “pensar positivamente”, mas várias práticas que envolvem bem mais do que o ato de pensar.

O Buda define o pensamento correto dessa maneira: “E o que é pensamento correto? O pensamento da renúncia, de estar livre da má vontade e de estar livre da crueldade. A isto se chama pensamento correto.” (SN 45.8)

Vejam que Buda fala do pensamento correto como ausência de crueldade e má vontade e como renúncia. Ele não descreve nenhum tipo de “mentalização” que vai “atrair coisas boas e te fazer conquistar seus objetivos”.

Em suma, entendimento correto e pensamento correto significam, para o Buda, compreender as quatro nobres verdades e ter pensamentos de não-violência, de renúncia e de boa vontade. Veja que o pensamento correto é descrito de forma altruísta, incluindo as outras pessoas: não violência para consigo e os demais, boa vontade para com todos. Já na Auto-Ajuda Budista, todo o foco está no próprio indivíduo, que molda toda a realidade com sua própria mente a fim de obter resultados rápidos para problemas ordinários.

Alguém pode argumentar que o budismo pode sim ajudar as pessoas nos seus afazeres diários. Não estou negando isso, mas é de um empobrecimento absurdo reduzir o Dhamma à mentalização de coisas boas, a pensar positivo para mudar a realidade e atrair bens pessoais. Embora o Dhamma tenha o poder de mudar radicalmente nossas vidas para melhor, a auto-ajuda o vende como uma fórmula que vai te ajudar a passar no ENEM se você pensar corretamente. Acredite, o Dhamma pode fazer bem mais do que ajudar com o ENEM, ele pode eliminar seu sofrimento, purificar sua mente e espalhar Metta (Amor e bondade) por onde você estiver.

O Buda também não dava declarações rasas e simplistas. “Você é o que você pensa” é uma afirmação tola. Um homem que está mentalmente confuso e realmente acredita ser Napoleão Bonaparte continua não sendo Napoleão Bonaparte. A mente dele não vai mudar a realidade e torná-lo Napoleão, muito menos fará com que os outros acreditem que ele é Napoleão. Se bastasse mudar a forma de pensar ou de apreender a realidade para se atingir o objetivo final, o Caminho Óctuplo proposto pelo Buda não seria composto por esferas práticas que vão além do pensamento, como a ação correta, o modo de vida correto e o esforço correto, por exemplo. O que adianta “mentalizar” coisas boas, por exemplo, se seu modo de vida não é ético? Ou melhor: se bastasse mudar a forma de pensar para se tornar um Desperto, era só passar a acreditar ser um Desperto e isso aconteceria. Não funciona assim. O pensamento correto é só um dos elos do Caminho. Ele precisa estar associado a determinadas ações práticas para dar os frutos necessários. O próprio Buda fala da relação entre pensamento e ação quando conversa com Rahula:

“Rahula, quando você quiser praticar uma ação com o corpo, você deveria refletir a respeito: ‘Esta ação corporal que quero praticar – conduzirá à minha própria aflição, à aflição de outros, ou ambos? É uma ação corporal sem habilidade, com conseqüências dolorosas, resultados dolorosos?’ Se, refletindo, você sabe que conduzirá à sua própria aflição, à aflição de outros, ou ambos; será uma ação sem habilidade com conseqüências dolorosas, resultados dolorosos, então qualquer ação corporal desse tipo é totalmente inadequada. Porém se refletindo, você sabe que não causará aflição…será uma ação habilidosa com felizes conseqüências, felizes resultados, então qualquer ação corporal desse tipo é adequada..

“Também, Rahula, enquanto você estiver praticando uma ação com o corpo, você deveria refletir a seu respeito: ‘Esta ação corporal que estou praticando – conduzirá à minha própria aflição, à aflição de outros, ou ambos? É uma ação corporal sem habilidade, com conseqüências dolorosas, resultados dolorosos?’ Se, refletindo, você sabe que conduzirá à sua própria aflição, à aflição de outros, ou ambos…você deveria desistir dela. Porém se refletindo você sabe que não é…você pode continuar com a ação corporal..

“Também, Rahula, tendo praticado uma ação corporal, você deveria refletir a respeito … se, refletindo, você sabe que conduziu à sua própria aflição, à aflição de outros, ou ambos; foi uma ação sem habilidade com conseqüências dolorosas, resultados dolorosos, então você deveria confessá-la, revelá-la, abri-la para o Mestre ou um sábio companheiro na vida santa. Tendo confessado…você deve exercer contenção no futuro.Porém se refletindo você sabe que não conduziu à aflição…foi um ação corporal habilidosa com conseqüências felizes, resultados felizes, então você deveria se sentir mentalmente renovado e contente, treinando dia e noite nos estados benéficos.

…[da mesma forma para ações verbais e mentais]…

” Portanto, Rahula, você deve treinar dessa forma: ‘Eu purificarei minhas ações corporais, ações verbais e ações mentais através da repetida reflexão.”

(MN 61)

Dessa forma, o Buda chama a tenção para a reflexão antes de agir. O pensamento aqui tem uma função prática direta: qual a forma mais hábil de usar meu corpo, minha fala e minha mente para o meu benefício e dos meus semelhantes? É dessa forma que nosso pensamento correto interfere na realidade: mudando nossas ações, falas, modo de vida, esforço, etc. Não há uma relação mágica da mente com o universo, onde o último é moldado pelo primeiro. O budismo é uma religião da ação, onde o pensamento, a reflexão e o aspecto mental se integram à vida prática de cada um. O budista age, anda, se esforça, usa o corpo. Não é só alguém que senta, medita e espera que seu pensamento mude as coisas miraculosamente. Buda nunca agiu assim. Ele andava centenas, milhares de quilômetros para ensinar, tendo em vista a compaixão pelos seres. Era um homem de ação. Não ficava sentado “pensando positivamente” e esperando que algum tipo de Lei da Atração viesse em seu auxílio.

Esperar que o simples pensamento positivo possa mudar tão profundamente o mundo, além de tolo, é conservador. Tal atitude nos leva ao egoísmo de acreditar que se uma pessoa está com problemas na vida é porque ela não tem pensado corretamente. Se há pessoas com graves dificuldades materiais, a atitude budista é tentar ajudar com doações (Dana), e não achar que elas deveriam mentalizar boas coisas para que o dinheiro apareça. O mundo não é simplista dessa forma. Buda não era um homem tolo que fazia alegações bobas e superficiais sobre a vida. Ele, do alto do seu Despertar, compreendia a vida humana na sua mais complexa profundidade. Justamente por estar ciente disso que Buda hesitou em ensinar o Dhamma depois de alcançar o Nibbana, pois temia que pudesse ser mal compreendido pelas pessoas, uma vez que alguns de seus ensinamentos requerem esforço e prática para a devida compreensão. Ao invés disso, algumas pessoas preferem simplificações grosseiras que atendam ao seu próprio ego. A auto-ajuda é, por excelência, a religião de Mara.

PS: Boas traduções do Dhamapada se encontram nos links abaixo:

Vídeo:

Livros:

Clique para acessar o Dhammapada%20de%20Buddharakkhita.pdf

https://www.estantevirtual.com.br/livros/nissim-cohen/dhammapada-a-senda-da-virtude/2090214900

http://www.acessoaoinsight.net/dhp/dhp_indice.php

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